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sábado, 5 de junho de 2010

ITAPARICA E COQUEIRAL

Fonte: Vila Velha - Onde começou o Estado do Espírito Santo
Autor: Jair Santos

Itaparica vem de ita + pari + ka, com pari, significando canal onde é fácil apanhar peixe. Representa também barragem ou cerca de madeira para aprisionamento de peixes, como armadilhas montadas em pequenas lagoas e canais. Essa espécie de curral pesqueiro é o que parece sugerir a conformação natural formada pelo pontal de Itapuã, pela ilha de Pituã e pelo conjunto das ilhas Itatiaia onde até a metade deste século, nos meses de novembro a março, era abundante a pesca da manjuba, cujos cardumes apareciam anualmente.

Mas existe também uma razão para o nome Itaparica e sobre isso vale a pena contar a história de um tremendo blefe, assim narrado: um senhor, Albertino de tal, mudou-se para Vila Velha com a família, fixando residência na praça Duque de Caxias. Como Albertino não tinha profissão definida, aceitou a incumbência de vender uma grande extensão de terra ao longo do mar e que se estendia de um e meio a dois quilômetros do pontal de Itapuã até a foz do rio Jucu. Nesse tempo, os terrenos negociáveis eram tão somente aqueles circunvizinhos ao antigo centro da cidade, a curta distância da praça Duque de Caxias, e mesmo assim a baixo custo. Seria, portanto, tarefa difícil, ou quase impossível, encontrar pretendente para a área ou lotes tão distantes, que além de tudo estavam sobre areia e sem qualquer infra-estrutura. Transcorria a década de 40 e a nação estava tomada pelo sentimento nacionalista da campanha do petróleo. Enquanto todos gritavam "o petróleo é nosso", o astuto Albertino colocava em prática a idéia que lhe ocorrera. Abriu alguns buracos rasos em pontos esparsos da restinga, onde lançou sobras de óleo e querosene. A partir daí, saiu espalhando aos quatro ventos que havia encontrado petróleo entre Vila Velha e Barra do Jucu. O Brasil inteiro estava impregnado pelo sentimento de defesa do ouro negro que brotava do chão na região de Lobato, interior da Bahia, alvo da cobiça de algumas empresas estrangeiras. Dito e feito: logo apareceu um ambicioso pretendente! Diante do que viu e do bom preço, fechou negócio. Pagou e só depois cuidou da análise do material e dos exames do solo, coisa muito complicada na época. Vila Velha e Vitória acompanharam com expectativa todos os trabalhos porque representaria o enriquecimento das duas cidades e o estado. Mas o resultado foi negativo. Tudo não passou de uma grande mentira do tal senhor Albertino. Mesmo assim, o empresário não esquentou a cabeça. Era homem astuto e afeito aos grandes negócios. Sem dúvida, só ele seria capaz de vislumbrar o extraordinário futuro da região. Por certo, era um jogo do qual só podiam participar os mais destemidos ou aqueles que acreditassem no êxito das oportunidades que a vida oferece. Tanto acreditou que não hesitou e tampouco regateou a oferta. Não cuidou do resultado imediato, logicamente. Enquanto a plebe pilheriava, o empresário planejou dar tempo ao tempo plantando côco de uma extremidade a outra daquela área e, um ano depois, consorciando com o plantio de abacaxi. Em pouco tempo iniciou farta colheita, construindo uma bela casa onde, nos fins-de-semana, era visto recebendo famílias amigas.

O bom resultado do negócio que realizou no passado pode ser avaliado hoje com nova dimensão: ao grande vencedor foram suficientes 40 anos para legar ao clã dos herdeiros, a incalculável fortuna enfiada numa faixa de areia extraordinariamente valorizada, que é a orla do litoral de Vila Velha.

Sendo ele procedente da Bahia, registrou o empreendimento com o nome de Coqueiral de Itaparica, embora estivesse todo o sítio localizado na orla da antiga praia de Itapuã. Mais tarde desapareceram as plantações e o nome original, Itapuã, foi sendo popularmente substituído pelos de Itaparica e Coqueiral de Itaparica. Hoje podemos verificar que o segundo nome, Coqueiral de Itaparica, já foi simplificado para Coqueiral.

Segundo verificação local, a atual construção de 3 blocos residenciais na orla da praia de Itaparica, esquina com a rua Dezessete, foi registrada com o nome de Nova Itaparica. Certamente, em futuro próximo, esse trecho incorporará mais esse nome.

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O nome do empresário era o Sr. Armando de Oliveira Santos e sua esposa Dona Nair, seu filhos Paulo, Antonio de Oliveira Santos (que foi da Confederação das Indústrias) e Terezinha de Oliveira Santos.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

ITAPARICA E COQUEIRAL

Fonte: Vila Velha - Onde começou o Estado do Espírito Santo
Autor: Jair Santos

Itaparica vem de ita + pari + ka, com pari, significando canal onde é fácil apanhar peixe. Representa também barragem ou cerca de madeira para aprisionamento de peixes, como armadilhas montadas em pequenas lagoas e canais. Essa espécie de curral pesqueiro é o que parece sugerir a conformação natural formada pelo pontal de Itapuã, pela ilha de Pituã e pelo conjunto das ilhas Itatiaia onde até a metade deste século, nos meses de novembro a março, era abundante a pesca da manjuba, cujos cardumes apareciam anualmente.

Mas existe também uma razão para o nome Itaparica e sobre isso vale a pena contar a história de um tremendo blefe, assim narrado: um senhor, Albertino de tal, mudou-se para Vila Velha com a família, fixando residência na praça Duque de Caxias. Como Albertino não tinha profissão definida, aceitou a incumbência de vender uma grande extensão de terra ao longo do mar e que se estendia de um e meio a dois quilômetros do pontal de Itapuã até a foz do rio Jucu. Nesse tempo, os terrenos negociáveis eram tão somente aqueles circunvizinhos ao antigo centro da cidade, a curta distância da praça Duque de Caxias, e mesmo assim a baixo custo. Seria, portanto, tarefa difícil, ou quase impossível, encontrar pretendente para a área ou lotes tão distantes, que além de tudo estavam sobre areia e sem qualquer infra-estrutura. Transcorria a década de 40 e a nação estava tomada pelo sentimento nacionalista da campanha do petróleo. Enquanto todos gritavam "o petróleo é nosso", o astuto Albertino colocava em prática a idéia que lhe ocorrera. Abriu alguns buracos rasos em pontos esparsos da restinga, onde lançou sobras de óleo e querosene. A partir daí, saiu espalhando aos quatro ventos que havia encontrado petróleo entre Vila Velha e Barra do Jucu. O Brasil inteiro estava impregnado pelo sentimento de defesa do ouro negro que brotava do chão na região de Lobato, interior da Bahia, alvo da cobiça de algumas empresas estrangeiras. Dito e feito: logo apareceu um ambicioso pretendente! Diante do que viu e do bom preço, fechou negócio. Pagou e só depois cuidou da análise do material e dos exames do solo, coisa muito complicada na época. Vila Velha e Vitória acompanharam com expectativa todos os trabalhos porque representaria o enriquecimento das duas cidades e o estado. Mas o resultado foi negativo. Tudo não passou de uma grande mentira do tal senhor Albertino. Mesmo assim, o empresário não esquentou a cabeça. Era homem astuto e afeito aos grandes negócios. Sem dúvida, só ele seria capaz de vislumbrar o extraordinário futuro da região. Por certo, era um jogo do qual só podiam participar os mais destemidos ou aqueles que acreditassem no êxito das oportunidades que a vida oferece. Tanto acreditou que não hesitou e tampouco regateou a oferta. Não cuidou do resultado imediato, logicamente. Enquanto a plebe pilheriava, o empresário planejou dar tempo ao tempo plantando côco de uma extremidade a outra daquela área e, um ano depois, consorciando com o plantio de abacaxi. Em pouco tempo iniciou farta colheita, construindo uma bela casa onde, nos fins-de-semana, era visto recebendo famílias amigas.

O bom resultado do negócio que realizou no passado pode ser avaliado hoje com nova dimensão: ao grande vencedor foram suficientes 40 anos para legar ao clã dos herdeiros, a incalculável fortuna enfiada numa faixa de areia extraordinariamente valorizada, que é a orla do litoral de Vila Velha.

Sendo ele procedente da Bahia, registrou o empreendimento com o nome de Coqueiral de Itaparica, embora estivesse todo o sítio localizado na orla da antiga praia de Itapuã. Mais tarde desapareceram as plantações e o nome original, Itapuã, foi sendo popularmente substituído pelos de Itaparica e Coqueiral de Itaparica. Hoje podemos verificar que o segundo nome, Coqueiral de Itaparica, já foi simplificado para Coqueiral.

Segundo verificação local, a atual construção de 3 blocos residenciais na orla da praia de Itaparica, esquina com a rua Dezessete, foi registrada com o nome de Nova Itaparica. Certamente, em futuro próximo, esse trecho incorporará mais esse nome.

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O nome do empresário era o Sr. Armando de Oliveira Santos e sua esposa Dona Nair, seu filhos Paulo, Antonio de Oliveira Santos (que foi da Confederação das Indústrias) e Terezinha de Oliveira Santos.
Contribuição de: José Henrique Ruschi de Camargo





Bairros

Coqueiral de Itaparica - Vila Velha - ES

Em 1936, Antônio de Oliveira Santos, juntamente com alguns sócios, comprou a antiga sesmaria dos Guaranhuns, com uma área que ia da ponta de Itapoã até a Barra do Jucu. Seu filho, Armando acabou construindo uma mansão, o Solar de Itaparica, e no local deu início a uma plantação de coco da Bahia. A fazenda passou a ser chamada de Itaparica, depois por Coqueiral, por causa dos coqueiros cuja plantação durou dez anos, quando os coqueiros começaram a morrer. O local já era conhecido como Coqueiral de Itaparica.

Armando então fez o loteamento praia de Itaparica e implantou infra-estrutura básica no local, que foi dividido entre os filhos. Mais tarde a área foi vendida para a construção de conjuntos habitacionais.

Um dos primeiros conjuntos erguidos no local foi o Itaparica I, em 1969, uma construção da Companhia Habitacional do Espírito Santo, Cohab-ES, com 114 casas, sendo a inauguração em 12 de junho de 1970. Dois anos depois a Cohab entregou a segunda etapa com outras 52 residências. Eram casas separadas por cercas de madeira e , na época da inauguração, ainda não estavam acabadas. As ruas eram identificadas por letras e as avenidas por números. Depois as ruas receberam nomes começados pelo pré-fixo “Ita”, como por exemplo, Itagarças e Itaguaí. Algumas foram rebatizadas com nomes de personalidades e moradores antigos.

Limites: O bairro tem como vizinhos, Parque das Gaivotas, Itapoá, Praia das Garças, Bairro Jockey, Santa Mônica, Cocal, Ilha dos Bentos e Santa Mônica popular.

O bairro possui 1. 411 imóveis residenciais, três indústrias, 212 comércios e serviços e 12 imóveis entre Igrejas, Associações, Clubes e Escolas.

No livro “Vila Velha, onde começou o estado do Espírito Santo”, de Jair Santos consta que por volta de 1940, um senhor de nome Albertino mudou-se para Vila Velha e como não tinha profissão definida, aceitou vender uma grande extensão de terra ao longo do mar e que se estendia a cerca de dois quilômetros do pontal de Itapoã até a foz do rio Jucu. Naquela época só os terrenos perto do centro eram negociáveis, assim, Albertino teve uma idéia: Abriu buracos rasos em pontos esparsos da restinga, onde lançou sobras de óleo e querosene, e espalhou pela cidade que havia encontrado petróleo. Logo apareceu um pretendente que comprou o terreno. O empresário depois de constatar a mentira, enquanto planejava o que fazer com o terreno, começou a plantar coco e depois abacaxi. Embora a região fosse conhecida como Itapoã, acabou sendo chamada de Itaparica e depois de Coqueiral de Itaparica por causa da plantação de coco. A família Oliveira Santos não confirma a história do esperto Albertino, contudo Armando, filho de Antônio Oliveira Santos confirma, no Jornal A Tribuna, de 27 de Outubro de 2000, que o seu avô comprou a área em 1936 pensando que ali existia petróleo pois as pessoas diziam que na baixada dos Guaranhuns a água ficava oleosa, tendo feito prospecção do local para ver se detectava a existência ou não de turfa, matéria esponjosa formada por restos de vegetais em decomposição, de onde se extraía a cera montante, utilizada na aviação durante a Segunda Guerra.

A orla marítima de Itaparica é uma das mais bonitas do Espírito Santo com os seus altos e belos prédios. Nos 3,5 quilômetros de orla, a praia de Coqueiral de Itaparica agrupa 135 quiosques, três restaurantes e outros pontos de opções para visitantes e turistas. A pioneira da região é Maria Elizabeth Milke Vilete que em 1987 construiu na areia da praia um quiosque ainda de madeira, o Marujo. Hoje Beth é proprietária de um dos quiosques mais populares da região.

Na região os destaques são: Schiuma Bianca; Entre Amigos; Partido Alto; Praia Strike; Quiosque do Fernando; Quiosque Marujo; Quiosque Entre Amigos.